Perdida no estrangeiro

“Eu voltei!
Agora prá ficar
Porque aqui!
Aqui é meu lugar
Eu voltei pr'as coisas
Que eu deixei
Eu voltei!”

Eu voltei…

e fiz surpresa pra todo mundo!

Nada como estar em casa, rodeada de quem eu amo ♥

O Sábado

Sábado à noite fizemos uma sessão de filmes lá no quarto do Jamie. Meus melhores amigos estavam lá - Anna, Nicole, Michelle, Jamie e Derek.

Assistimos O Senhor dos Anéis... ainda bem que eu já tinha lido o livro e assistido o filme algumas vezes porque meu inglês não é tão bom pra entender termos da Terra Média, de Gondor ou Mordor, hehe!

Foi muito divertido. Ficamos conversando até as três da manhã, comendo pipoca e chocolate Lindt :) Mas, o mais especial foi que eu sei que eles tinham outras coisas pra fazer, mas reservaram aquele horário pra ficar comigo, porque sabiam que era meu último final de semana aqui.

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O Domingo

Acordei de manhã pra tirar algumas fotos… a neve fica cada vez mais linda, mas já percebi que gosto dela só quando estou dentro dos lugares. O frio é congelante!

À noite eu e a Camila fomos num Concerto que teve aqui. Foi uma aventura pra chegar na igreja porque estava nevando muito e o frio, um pesadelo. Mas, mais uma vez, a aventura valeu a pena. A gente sempre consegue se divertir, não importa a situação.

O concerto é um evento tradicional que acontece em dezembro, pra celebrar a chegada do Natal. Se chama "Messiah" (Messias) e é uma apresentação com orquestra e coral. Tem 3 partes que celebram a vida de Jesus - a professia e seu o nascimento, o sofrimento e a morte e finalmente a ressureição.
Foi longo, mas lindo!

Voltamos a tempo de ir no Late-night Breakfast, um evento super tradicional no campus que antecipa a semana final de provas.
Começa as onze horas da noite. O restaurante serve coisas deliciosas - panquecas, waffles, omeletes, sanduiches, muffins de todos os tipos. Teve música, mágico e ursinhos de pelúcia que você podedia escolher e encher de espuma como quisesse. Várias pessoas de pijama, com gorros de papai-noel, sorteios de prêmios e diversão, estampada no rosto de todo mundo.
O mais legal é que quem prepara as comidas e serve os alunos são os professores!

Foi realmente uma noite incrível. Todos os meus amigos estavam lá… eu dancei, dei risada e tirei fotos.

Quando cheguei no quarto me deu um aperto no coração.

Definitivamente vou sentir muita falta daqui.

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Meu último final de semana em Marietta foi perfeito. Eu falo último porque nem estou contando a sexta e o sábado da semana que vem.

A Sexta

Esses dias eu disse pro meu amigo Joseph que só faltava uma coisa aqui que eu queria fazer - “Eu queria ir num jogo de basquete igual aqueles que aparece em filme. Queria tomar cerveja, comer cachorro-quente, gritar junto com um bando de americanos loucos e usar aquelas mãos gigantes amarelas!"

Ele morreu de rir, mas disse que ia tentar achar tickets pra gente. Provavelmente não conseguiríamos encontrar um jogo de basquete aqui por perto (porque eu queria que fosse da NBA!), então ele disse que ia procurar um jogo de hóquei porque a experiência seria a mesma.

Na semana passada recebi a seguinte mensagem: "Reserve sua sexta a partir das 16h. Eu tenho algo planejado."
Era surpresa ele disse, mas eu suspeitei que tinha algo a ver com a "experiência típica americana" que eu tanto queria.

Na sexta, às quatro fui encontrá-lo. Ele me levou numa cervejaria que tem aqui na cidade e encontramos mais um pessoal lá. Foi super divertido... comi, tomei cerveja (coisa que eu não fazia desde quando cheguei aqui!!!) e dei muita risada.
Mais tarde voltamos e ele disse - "Me encontre daqui meia-hora lá no Parsons” (o dormitório onde ele mora).

Eu cheguei lá às oito. Ele e os amigos dele estavam lá. Uma TV gigantesca ligada. Jogando videogame. Hóquei.
Ele me entregou uma cerveja e disse: “os tickets estavam muito caros, então eu resolvi improvisar.” Me entregou uma caixa e quando abri eu vi um par de luvas gigantes infláveis! Ele terminou: “meus amigos são os americanos mais típicos que eu poderia encontrar.”

Daí eu entendi o que ele tinha planejado. Eu ia ter a minha “experiência típica” ali!
Ahhhh... pra mim foi o máximo! Eu sei que ele preparou tudo com muito carinho e significou muito pra mim.
Ele é um grande amigo que eu vou lembrar sempre!

Coisas simples que fazem um momento inesquecível – Existe coisa melhor?!

Os Beatles já diziam - “There places I´ll remeber forever” [Existem lugares que eu vou lembrar pra sempre]…

Esse é o útlimo domingo que passo aqui. Metade de mim quer partir e metade quer ficar.

E sabe qual foi o meu presente?

Um final de semana especial (vou fazer um post especial contando!) com os melhores amigos que fiz aqui e neve, pra fechar com chave de ouro!

A mala já está cheia de presentes… o dinheiro está acabando… a ansiedade aumentando!

15 diassssss… Brasil, estou voltando!

O Thanksgiving, também conhecido como Dia de Ação de Graças, é um feriado muito famoso aqui nos Estados Unidos. É um dia de gratidão a Deus pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano. As pessoas se reúnem com suas famílias para jantar e celebrar.

O primeiro dia de Ação de Graças foi celebrado pelos colonos ingleses que viviam em Massachusetts em 1621. Após alguns anos de péssimas colheitas e um inverno muito rigoroso, os colonos tiveram uma boa colheita de milho no final do verão desse ano.

“Por ordem do governador da vila, em homenagem ao progresso desta em relação a anos anteriores, uma festividade foi marcada no início do outono de 1621. Os homens mataram patos e perus. Cerca de noventa índios também participaram da festividade. Todos comeram ao ar livre em grandes mesas.”

Fiquei super feliz porque pude comemorar o feriado num estilo típico norte-americano. Fui jantar na casa do professor Gama Perucci. Ele é brasileiro, mas mora aqui há mais de 30 anos.

Eu pude conhecer sua família – esposa, 3 filhos e sogra – e vivenciar a experiência.

Comemos tudo que é comum no Thanksgiving – o famoso peru, cranberry sauce (cranberry é uma frutinha vermelha meio azeda), herb stuffing (uma mistura com croutons, cebola e outros vegetais) green beans casserole (tipo uma farofa feita com vagens), purê de batata-doce, bread rolls (é um tipo de pão caseiro), torta de abóbora e torta de nozes.

E eu ainda trouxe um prato pra casa pra comer no dia seguinte… hehe!

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Ufa! Faz um tempão que não escrevo aqui. Estava esperando um momento mais especial, hehe!

Agora minha contagem regressiva já está ficando mais apertada. Agora que falta tão pouco (um pouco mais que 20 dias!!!) o tempo está passando devagar :(

Ontem a minha noite foi bem especial… estava esperando já fazia um tempão para a estreia do Harry Potter (Último filme – Harry Potter e as Relíquias da Morte - parte I) e finalmente o grande dia chegou.

Antes disso, o pessoal do meu dormitório organizou um Show de Talentos. Eu não tinha nenhum talento pra apresentar, mas as meninas me pediram pra abrir o show contando um conto de fadas em português. Eu não entendi muito bem qual ia ser a graça, porque ninguém ia entender, mas resolvi aceitar o convite mesmo assim.

Eu li Cinderela e para o pessoal não ficar tão perdido, preparei uma trilha sonora que dava pra saber direitinho em que momento da história eu estava.

Foi mais legal do que eu imaginava. O pessoal pelo menos ficou quieto e prestando bastante atenção. Não sei se eles estavam pensando “Ai, que chatice!”, mas o importante é que eu recebi aplausos no final, haha!

Logo depois fui me preparar para o filme. Eu ia com alguns amigos na sessão da meia-noite e estava difícil conter meu entusiasmo, haha! Todo mundo ia fantasiado!

Pois é… fantasiado! Pode colocar mais um item na minha listinha das coisas positivas da “América” – se você é muito fã de alguma coisa, você pode demonstrar seu fanatismo do jeito que você quiser e ninguém fica te olhando como se você fosse anormal, hehe. Ontem eu voltei a ser criança e me realizei quando me “tornei” o Harry Potter.

Roupão e cachecol da Grifinória, óculos, cicatriz e a varinha! Perfeito!

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Mais perfeito foi chegar no cinema e ver quase 80% do pessoal fantasiado e fanático também. Ainda mais e mais perfeito foi o filme. Na minha opinião, o melhor da série até agora – super fiel ao livro, atuações impressionantes, produção sensacional! Não vejo a hora de ver de novo :)

Pra quem ainda não viu… aí vai um gostinho :)

Faltam 30 dias oficialmente.. eba!!!

Ando meio sem tempo… provas, pra variar! Queria só aproveitar pra deixar um beijo madrinha! Feliz aniversário (atrasado, hehe!). Amo você!

Aqui na faculdade o desfile de outono é tradição. Cerca de 40 modelos – estudantes e outras pessoas que ajudam na organização – desfilam em diferentes cenas para arrecadas dinheiro que é doado para caridade.

Os responsáveis pelo evento são os membros da Organização Charles Sumner Harrison. Eles também são os responsáveis pela inclusão e relacionamento não só dentro, mas fora do campus. Eles promovem diferentes eventos culturais com o objetivo de fortalecer a unidade dentro do campus.

Foi muito divertido! Infelizmente só participei do desfile “international”. É óbvio que representei o Brasil, mas tínhamos modelos vestidos de Espanha, Itália, Inglaterra, Coreia, China, Egito, Israel, Jamaica, Colômbia e África do Sul.

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O frio aqui está aumentando… –1ºC!

E a saudade também… 35 dias!

O minha tarde de sábado ia ser dedicada ao Central Park. De manhã eu passei por uma avenida onde estava tendo uma feira. Vendia de tudo e os donos das barracas, só pra variar, eram chineses (é claro!). Comprei cachecol por USD5,00 – o que foi ótimo porque aquela hora o ar estava congelante.

Visitei o Natural History Museum, famoso pelo filme “Uma noite no museu”. É um lugar gigantesco, impossível ver tudo em um dia, muito menos em 3 horas da minha manhã. Eu visitei a parte da biodiversidade que mostra as florestas do mundo inteiro, a parte das pedras preciosas e minerais (que tem o maior meteorito já encontrado), fui na parte da Antártida e numa apresentação sobre as estrelas e o espaço. Foi interessante, mas não foi legal ter que ver tudo correndo.

Depois do almoço fui para o Central Park. Eu tinha o mapa comigo pra não me perder e conseguir ver pelo menos as 5 atrações mais famosas. O parque tem 843 acres (quase 3,5 Km²)… uma missão cruel para quem quer ver tudo a pé em uma tarde.

Sem palavras! Uma das melhores coisas que eu vi por lá. NY, com todos aqueles arranha céus, precisa mesmo de um lugar como aquele.

Muita gente correndo, fazendo exercício, andando de bicicleta. Muita família, muitos amigos, muitos casais. Muita atividade… jogos, eventos de Halloween, shows. Tudo ao mesmo tempo.

Eu passei pelos principais lugares, mas não vi nem metade do que o parque tem a oferecer. A primeira parada foi o Great Lawn, um gramado enorme com campos de baseball e vários espaços para praticar esportes. É lá que tem vários concertos de graça no verão da Filarmônica de NY e da Metropolitan Opera.

Depois vi o Belvedere Castle e o The Shakespeare Garden. Parei e tirei fotos na irresistível Bow Bridge, que passa pelo lago. Aquela região é chamada “The Ramble” e é onde tem a Loeb Boathouse (onde um monte de filme norte-americano é filmado) e a Bethesda Fountain.

No final da tarde cheguei no Sheep Meadow, mais um gramado ótimo pra descansar ou fazer um piquenique.

Já tenho anotado todos os lugares que quero ver de novo (numa futura volta à NY) e os lugares que tenho que passar da próxima vez.

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O último dia foi bem corrido, mas estava reservado para a Estátua da Liberdade. Tive sorte e consegui aproveitar bem o tempo lá. Peguei a barca errada e fui parar numa outra ilha, mas tudo bem. Estava um pouco cansada, então dei um desconto pra mim mesma.

A Estátua é um ícone, então estava na minha lista. Consegui tirar boas fotos de Manhattan, mas a estátua propriamente dita não teve tanta graça assim. Ela não é tão alta e é um pouco sem graça. Fiquei pensando se quando eu for para o Rio de Janeiro e ver o Cristo Redentor pela primeira vez vou sentir o mesmo. Com certeza não… afinal, os conceitos são bem diferentes.

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No sexta-feira a minha primeira parada era o Empire State Building, que fica um pouco “fora de mão”. Tem 102 andares e depois da destruição das Torres Gêmeas, recebeu novamente o título de maior edifício de NY. Eu resolvi não subir até o topo porque além de ser mais caro, o pessoal tinha me recomendado ir no Rockefeller.

Voltei na Times Square para ver o resto das ruas durante o dia. Comprei uma mochila – que foi super útil porque no dia anterior fiquei com dor nas costas de carregar as coisas de um lado só do ombro –, fui na loja da M&M´s, da Hersheys, passei pelo Hard Rock, pelo Planet Hollywood, pela loja da Harley (tirei foto pro Thomas ver! haha!). No final, parei pra admirar (mais uma vez, sem me cansar!) a agitação.

Encontrei um restaurante brasileiro e não resisti. Não foi um almoço tão perfeito quanto o jantar com a feijoada em Washington, mas valeu a pena. Comi polenta com carne moída e estava uma delícia! Ainda assisti “Sinhá Moça” que estava passando na televisão, haha!

No caminho passei comprar minha fantasia de Harry Potter (pra quem não sabe, vou assistir o filme aqui com um grupo de amigos e vamos todos fantasiados!), encontrei as blusinhas verde e amarela que eu precisava para o desfile (pra quem também não sabe, vou participar de um desfile aqui na faculdade representando o Brasil!) e fui comprar o ticket para o Top of the Rock (a ida ao topo do Rockefeller Center).

Eram umas cinco horas e as fotos de lá de cima saíram incríveis. O sol já estava indo embora, mas eu pude ver a cidade num panorama de 360 graus. Valeu muito a pena.

Eu tinha combinado de encontrar a Stephanie no final da tarde. Ela é uma americana que eu conheci nas primeiras semanas aqui em Marietta, mas que já terminou a faculdade e agora trabalha e mora em NY com o namorado.

Nos encontramos na Starbukcs (em uma das centenas que tem em NY!) e tomamos um café juntas enquanto conversávamos.

Estava um vento tão gelado quando saímos de lá que só o que eu queria era voltar pra casa da Carol. Estava guardando as energias para explorar o Central Park no dia seguinte.

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Na quinta-feira acordei prontíssima para começar a aventura.

A Carol mora em Mamaroneck, uma cidadezinha próxima de NY. Como ela tinha que trabalhar, ela me levou até a estação onde eu peguei o trem para a “city” (como eles chamam a cidade propriamente dita!).

Depois de 30 minutos cheguei na Grand Central Station, com meu mapa e minhas orientações na mão. Acho que de tanta emoção, me deu vontade de fazer xixi. No caminho do banheiro, encontrei a Magnólia Bakery, tão famosa pelos seus cupcakes. Eu passei lá os outros 3 dias e posso afirmar – com toda certeza – que foram os melhores que eu já comi aqui.

Quando saí na rua percebi que estava mesmo em NY. Aqueles prédios gigantescos, muita gente, muito barulho. Mas, ver tudo aquilo ao vivo foi o máximo!

Demorei um pouco pra me localizar, pedi ajuda para algumas pessoas e fui em direção a Quinta Avenida, a rua cheia de lojas de grife.

Passei pelo Rockefeller Center e tirei foto na pista de patinação do gelo (seria incrível se a árvore de Natal já estivesse montada), entrei na Catedral St. Patrick e fiz uma oração para agradecer por aquele momento e depois comecei a me sentir chique – vi a Trump Tower (o prédio luxuoso contruído por Donald Trump), a Coca-Cola, Dior, Chanel, Gucci, Armani, etc! Vi a loja da Apple que parece mais um ponto turístico de tão incrível que é… entrei na Fao Schwarz, a gigantesca loja de brinquedos e voltei a ser criança.

Visitei o Lincoln Center, o centro de Artes de NY. Lá fica o ballet, a ópera, a Filarmônica e a Escola Juilliard de música. Muitas opções! Infelizmente vão ficar para uma próxima vez. Quase consigo assistir o ballet Quebra-Nozes, mas só vai começar em novembro.

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Me apressei porque tinha que ir para a Times Square, que fica do lado oposto da cidade. No caminho eu passei do lado do Central Park. Eu tinha programado um dia só para ficar lá, mas não resisti e comecei a tirar algumas fotos das carruagens e das árvores, que estavam lindas por causa do outono.

Depois de praticamente (re)atravessar Manhattan, percebi as luzes da Times Square. Aquele lugar é sensacional! Luzes, telões, lojas, restaurantes, cores, barulho. É o caos, mas um caos admirável. Coisas que eu via em filme, eu estava lá, vendo ao vivo e isso foi o máximo.

Eu entrei em várias lojas [meus olhos brilharam várias vezes querendo comprar tudo que eles viam], andei mais um pouquinho e resolvi sentar pra descansar e admirar aquela multidão.

Sentei numa escada vermelha onde tinha bastante gente. Ah, a sensação de estar lá era ótima. Peguei o telefone e liguei pra casa pra compartilhar o que estava sentindo.

- Oi mãe, você não sabe onde eu estou agora. – eu disse pelo Nextel

- É, querida? Onde?

- Sentada numa escada no meio da Times Square. Pede pro Rô digitar no Google pra você ver como é aqui.

- Ah, vou pedir.

5 minutos depois ela me liga de volta:

- Rê, você não vai acreditar. O Rô achou um site aqui que mostra a Times Square numa câmera ao vivo.

- Ai mãe, mas será que é ao vivo mesmo?

- Onde você está? A câmera fica se mexendo, mostrando várias partes da rua.

- Estou sentada numa escada vermelha. Tem um monte de gente sentada aqui também.

- Tá bom. Se mostrar a escada eu te ligo de novo.

10 minutos depois, o telefone toca de novo:

- Rê, a gente está vendo a escada!!!

- Tá. Eu vou levantar e dar tchau pra ver se é ao vivo e se você consegue me ver.

Eu levantei e comecei a dar tchau para o nada [foi engraçado!].

20 segundos depois:

- Rêeeeeee!!! A gente tá te vendo!!! Você está com uma bluza cinza e com a câmera pendurada no pescoço?

- Sim mãe!!! - E continuei em pé dando tchau, nem acreditando que eles estavam me vendo lá e que aquilo era possível.

Foi incrível! Acho que eles podem dizer mais do que eu, porque eles que me viram pelo computador ao vivo, hehe.

Resolvi que estava na hora de jantar. Comi um lanche no Mc Donalds [pra variar um pouco!] e fui para o teatro. Lá eu aprendi a primeira vantagem de viajar sozinha. Na hora de comprar o ingresso eu apelei para o vendedor pedindo que por favor, ele me desse um ótimo lugar (apesar de eu não ter dinheiro suficiente para pagar pelo melhor lugar, hehe!) já que estava sozinha, blá blá blá. E não é que funcionou? Ele me deu os ingressos da Orquestra, na terceira fileira depois do palco (que pasmem, custavam USD200) por USD90,00, o preço que eu ia pagar pelo Mezanino!

Isso só colaborou pra eu ficar ainda mais emocionada né… assim que a peça começou, que eu ouvi aquela música do Rei Leão e vi todos os animais em direção ao palco [é tudo incrível… as fantasias, as maquiagens e os movimentos!], comecei a chorar. Foi um mix de emoção… lembrei minha infância, senti saudade e vontade de não estar lá sozinha, felicidade, realização. A família que estava do meu lado que não achou muito normal e me perguntaram se eu estava bem, hahaha!

Brasileira mantega-derretida… essa sou eu!

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“Alegrai-vos e exultai,
porque será grande a vossa recompensa nos céus.” (Mateus 5, 12a)

Que esse seja nosso consolo no dia de hoje.

Mãe, com o coração apertado, desejo um bom dia pra você.

Sábado de manhã. Sentada na Grand Central Station, comendo meu bagel de café da manhã. Ouvi música clássica tocando no ambiente. Senti uma paz profunda.

Eu comigo mesma. Eu e Deus. Eu, extremamente agradecida por todos os momentos que vivi até ali.

Aquela paz era sinal que meu sonho foi realizado e que meus objetivos ao decidir vir pra cá, foram alcançados. Se a minha experiência aqui acabasse naquela hora, já teria superado as minhas expectativas.

NY é energia. NY é caos. NY é indescritível. A cidade pulsa diversidade, transpira o novo. A sensação de estar é única.

Aproveitando… vou “emprestar” a ideia do menino que conheci na escada da Times Square (a história dessa escada merece um capítulo especial que virá em breve!). Ele me pediu para escrever essa frase no cartão postal dele em português (já tinha sido escrita em vários outros idiomas!) a fim de celebrar a multiculturalidade daquela cidade: “Nova York é incrível!”

New York is amazing (inglês)

Nueva York es increíble (espanhol)

New York est étonnant (francês)

New York ist erstaunlich (alemão)

纽约是惊人 (chinês)

نيويورك هو مدهش (árabe)

New York è fantastica (italiano)

Нью-Йорк удивительно (russo)

ニューヨークは素晴らしいです (japonês)

**Fotos:

Vista de parte da cidade do topo do Rockfeller Center (destaque para o Empire State Building); Eu no gramado do Sheep Meadow (Central Park).

3 dias para explorar New York City!!!

25 dias para a estreia de Harry Potter e as Relíquias da Morte!!! [Eu vou fantasiada genteeee!!!]

48 dias para chegada no BRASILLLL!!!

Ontem fiz um programa super-americano! Faz parte das programações do Outono aqui, quando tudo lembra Halloween.

Fui passar a tarde na fazenda Sweet Apple (“Doce maçã”) com um grupo de amigos. Chegando lá parecia que eu estava num filme… aquele lugar com um celeiro enorme, uma plantação de milho gigantesca, espantalhos e abóboras espalhadas por todo canto.

Nós participamos de várias atividades – pintamos abóboras, preparamos cachorro-quente na fogueiro, espetei meus marshmallows no graveto e derreti pra fazer o s´more (marshmallow derretido na fogueira + biscoito + chocolate – vejam a foto, que delícia!), brincamos com a pinhata (aquela decoração famosa de festa feita de papelão e papel-mache cheia de doce que as crianças, vendadas, têm que acertar com um bastão pra pegar os doces) e fomos no labirinto dentro do milharal. Foi bem divertido!

À noite fui numa “Rave”. É bem diferente das “raves” do Brasil. Rave aqui são aquelas festas que você tem que ir com uma roupa que você não vai se importar se sujar. Por que? Porque o “tchan” da festa são as tintas que brilham com a luz neon que eles colocam no lugar onde o pessoal fica dançando. O pessoal fica todo cheio dessas tintas pelo corpo e distribuem aquelas pulseirinhas coloridas.

Achei engraçado o jeito que eles dançam e aproveiter pra dançar também sem me preocupar com que os outros estavam pensando. Achei meio estranho o comportamento de algumas meninas (as não sóbrias!)… dançam provocativo demais pro meu gosto! Se eu fosse uma delas ficaria com vergonha de sair na faculdade no dia seguinte. Mas, pelo jeito isso é normal. Choque cultural, fazer o que?! Depois as brasileiras que ficam com má fama aqui, né?! Não é justo!

O sábado típico serviu para eu perceber mais um lado positivo dos norte-americanos. Eles não precisam de muita coisa pra se divertir. As coisas simples fazem a diferença e podem ser realmente divertidas!

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Hoje de manhã olhei a temperatura no canal do tempo antes de sair de casa (é, aqui temos que criar esse hábito para saber qual roupa colocar!).

Olhei, olhei de novo. Não podia ser.

1º???

E era verdade.

O frio está chegando! :(

Foi uma pena que o último dia chegou…

Aproveitamos a manhã para ir a Georgetown, uma das cidadezinhas que fica ao redor de Washington.

É um lugar bem bonito, cheio de restaurantes e lugar para fazer boas compras.

Só gastamos dinheiro aproveitando o que sabemos fazer de melhor: COMER!

Nos deliciamos com o melhor cupcake da redondeza no Georgetown Cupcakes, comemos o melhor hambúrguer no Johnny Rockets ao som de Elvis e Beatles e finalizamos com um super Häagen-Dazs!

Foi ruim a despedida. É incrível como aqui nos apegamos às pessoas tão facilmente! A Cissa foi uma ótima companhia e a gente até diz agora que viramos irmãs… perdemos as contas de quantas pessoas perguntaram se éramos gêmeas!

No dia anterior à noite nos despedimos do pessoal. Foi triste, porque não sei se verei eles novamente quando voltar para o Brasil.

Dormimos muito bem (já no nosso quarto novo com duas camas, finalmente!) e no dia seguinte fomos tentar enfrentar as filas para subir no Monumento de Washington e no Capitólio.

E não é que conseguimos?!

Foi o máximo poder passar por todos os lugares interessantes por onde meu querido Robert Langdon passou em O Símbolo Perdido.

O Capitólio abriga as duas casas do Congresso norte-americano – o Senado e a Câmara dos Deputados. Lá que eles se reúnem para criar e aprovar os projetos que se tornam leis por aqui. Vi a famosa Rotunda (que é de tirar o fôlego), a Cripta e depois fomos para a Biblioteca do Congresso. Lá eu pirei né!

Ela é a maior do mundo com 115 milhões de itens em 460 línguas!

Ela tem três prédios, mas o que visitamos (é o mais famoso) foi o Jefferson Building. É uma obra-prima de arquitetura! No centro do edifício fica a “Sala de Leitura”… é um sonho! Eu podia passar uma semana inteira lá dentro!

Para finalizar fomos no Washington Monument. Ele foi construído em homenagem a George Washington – primeiro presidente dos EUA reconhecido como o principal líder na luta da independência americana. Possui quase 170 metros, sendo a estrutura mais alta da cidade e o obelisco mais alto do mundo.

Nós subimos até o topo com o elevador e pudemos ver o panorama da cidade inteira. Na volta pudemos ver algumas das pedras memoriais que existem no interior do prédio. Essas pedras foram pelos 50 Estados americanos, por sociedades, cidades, indivíduos e países do mundo todo.

Como o dia anterior havia sido perfeito decidimos perder de vez a vergonha e pedir para o guia do ônibus se poderíamos ir com eles novamente no dia seguinte.

Ele disse que tudo bem e então combinamos tudo para a próxima parada: Cemitério Arlington. É um lugar muito famoso onde o ex-presidente Kennedy e sua família estão enterrados, além de muitos soldados, veteranos de guerra e pessoas famosas para a História dos Estados Unidos. É um lugar lindo, com uma vista maravilhosa da cidade.

Fora do cemitério vimos o Marine Corps War Memorial (conhecido também como Iwo Jima Memorial), que retrata uma das batalhas entre EUA e Japão na Segunda Guerra Mundial. O monumento também é dedicado a todos os membros do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, que é considerado um dos órgãos mais importantes das Forças Armadas Americanas.

Almoçamos na Estação Central da cidade onde eu aproveitei para comprar um livro (pra variar!) e alguns presentinhos.

Depois tivemos a tarde livre. Visitamos o Museu do Holocausto que apesar de triste é muitíssimo interessante. Conta a evolução da Alemanha desde o fim da Primeira Guerra até a ascensão do nazismo de Hitler e todo o massacre dos judeus, ciganos e homossexuais. No museu tinham itens dos prisioneiros e até um vagão onde eles eram levados.

Passamos o resto da tarde em frente ao Capitólio descansando e tirando fotos. À noite fomos jantar em Alexandria, uma das cidadezinhas em volta do centro de Washington. Na volta sobrou tempo de visitarmos alguns monumentos à noite, que valeu muito a pena – Jefferson Memorial e Lincoln Memorial.

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P.S.: Aos poucos vou publicando informações sobre os monumentos. Washington tem muita História, mas iria ficar cansativo detalhar tudo num post só.

Finalmente a viagem chegou! Eu estava precisando de um descanso depois de todas essas provas e de todos os trabalhos aqui.

Sexta-feira fui para o aeroporto e levei um susto de tão minúsculo que ele era. A surpresa foi maior quando o avião chegou: 19 poltronas, 8 de cada lado e um corredor que passava só uma pessoa. Deu um medinho de voar naquilo lá, mas foi tudo bem.

Depois da conexão em Cleveland encontrei a Cissa no aeroporto de Washington. Pegamos o Shuttle em direção ao nosso super hotel. Chegando lá encontramos a recepcionista (uma figura! Parecia que estava dopada de tão lerda que ela era!) que nos deu a brilhante notícia: “A porta do quarto que vocês reservaram está quebrada. Vocês terão que dividir a cama essa noite.”

Estávamos tão cansadas que não quisemos discutir. Tínhamos feito a reserva através de um outro site e não do site do hotel, então, não íamos conseguir nosso dinheiro de volta. Decidimos ir para o quarto. Quando abrimos a porta… o espaço era quse 2x2! E respira fundo mais uma vez… o que importa é que tínhamos uma cama e um chuveiro pra sobreviver por alguns dias.

No dia seguinte começou a aventura. Estar em Washington e poder ver tudo que eu via só nos filmes e imaginava nos livros (Dan Brown descreveu tudo perfeitamente por sinal!) foi o máximo.

A primeira parada foi a Casa Branca. Muita gente de outros países, muita gente tirando foto. Realmente a capital dos Estados Unidos é famosa.

Encontramos a Paty (que está estudando no Canadá e veio de Toronto numa excursão em Washinton) e mais alguns brasileiros. Foi muito bom poder falar em português com todo mundo. Carol, André, Cauê – fizeram nossa viagem muito mais divertida. Acabamos – na maior cara de pau – entrando na excursão. Tinha espaço no ônibus e lá fomos nós, com direito a guia e tudo!

As próximas paradas foram: Memorial Nacional da Segunda Gerra, Memorial Lincoln, Memorial da Guerra do Coreia, Memorial da Guerra do Vietnã, Museu da História Americana e Museu Aéreo e Espacial.

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Pra fechar com chave de ouro (ainda com o pessoal do ônibus, na caruda!) fomos jantar num restaurante brasileiro – The grill from Ipanema! Foi a melhor feijoada que eu comi nos últimos tempos! Nada melhor do que um arroz, feijão, farofa e couve pra celebrar com os brasileiros. O alemão que estava com a gente escolheu o prato com picanha e disse que foi a carne mais saborosa que ele já comeu na vida dele.

Ao som de Ana Carolina, saboreei um cheesecake com calda de goiaba. Meu Deusss… eu na verdade nem me importei de dividir a cama mais uma noite com a Cissa de tão feliz que eu estava! (É, tivemos que dividir a cama mais aquela noite! Um absurso… pra quem for pra Washington, NÃO fique no District Hotel!).

P.S.: Para ver as fotos em tamanho grande é só clicar no álbum que vai abrir uma nova janela. Depois, é só ir passando com a flechinha para ver todas elas (são 7 no total).

Hoje de manhã fui ver a minha caixa do correio. Vi um papel dizendo que tinha uma encomenda pra mim e logo pensei que fosse a minha bota da TOMS (depois coloco foto dela aqui!). Que deliciosa surpresa quando recebi um pacote embrulhado numa folha de jornal.

Tinha um recadinho:

“Renata,

I recebi sua mensagem no facebook. Encontrei isso pra você. É um pouco antigo, mas eu espero que ajude. Boa sorte!,

Kelly”

A Kelly, uma das responsáveis pelo dormitório, me ajudou com o meu primeiro trabalho que eu tive que entregar aqui. Eu tinha pedido uma dica de livro de gramática, já que ela está estudando inglês e escreve muito bem.

Que fofa! Por essa eu não esperava… um pequeno gesto que me fez ganhar o dia!

É, as aulas aqui me fazem refletir [e disso eu vou sentir muita saudade quando voltar], apesar do pouco tempo que temos pra processar todas as informações.

Na minha aula de Ética hoje discutimos a Ética das Virtudes, isso é, como nos tornamos pessoas melhores e como fazemos para que nossas atitudes também sejam melhores?!

Acho que vale a pena compartilhar a informação…

Segundo o autor Ralph B. Potter (Harvard School), fazer a diferença no mundo requere influenciar outras pessoas. Para isso, precisamos ter controle sobre nós mesmos: “Formar nosso caráter é nosso dever. Nossa melhor e gloriosa obra de arte é viver de uma maneira apropriada.”

Ele enfatiza a importância de conversar com os amigos. Citando Aristóteles, ele afirma que “amigos desenvolvem nossa capacidade de pensar e agir.” [amigos bons e que tenham contéudo, que fique bem claro!]

Os amigos nos questionam e nos ajudam a raciocinar sobre as questões da nossa vida, discutir sobre assuntos diversos e nos ensinam coisas novas através de suas experiências.

No outro texto do psicólogo Howard Gardner, ele nos ensina como cultivar uma mente ética.

“Eu recomendo que você olhe no espelho de tempos em tempos e perguntar a você mesmo se você está procedendo de uma maneira correta. As questões podem ser, por exemplo: Eu estou sendo um bom empregado/empregador? Se não, o que posso fazer para me tornar um?

Todos executivos [executivos porque é um texto de Ética nos negócios] deveriam ser capazes de ter um tempo para parar um pouco e refletir. Assim, ficaria mais fácil pensar sobre a natureza do seu trabalho, sobre novos projetos e resolver problemas.”

Isso acontece na minha vidinha aqui e acredito que na vida da maioria das pessoas que leem esse blog.

Eu já falei que pretendo mudar algumas atitudes quando voltar para o Brasil e essa reflexão torna minha decisão ainda mais concreta.

Estudar menos. Sentir-se menos pressionada [por mim mesma!]. Guardar meu tempo para as PESSOAS e não para minhas tarefas e assim, cultivar as boas amizades e crescer como pessoa.

Yep :) O final de semana foi divertido, tirando o frio que eu já não estou gostando!

Caminhada no sábado à tarde e passeio de barco hoje à tarde com pizza e cookies “for free”!

Eu e Camila

Eu, Anna, Michelle e Jamie

Eu, Anna e Michelle

Que venha mais uma semana… a semana número 9 aqui :-)

Saudade!!!

Aqui NGOs - organizações não governamentais – são famosas aqui nos Estados Unidos. É comum termos campanhas aqui no colégio para arrecadar dinheiro e ajudar algumas dessas instituições.

Duas delas me chamaram atenção: TOMS and KIVA.

TOMS – One for One

“Em 2006, o americano Blake Mycoskie conheceu algumas crianças na Argentina e descobriu que eles não tinham sapatos para proteger seus pés. Querendo ajudar, ele criou a TOMS shoes (TOMS sapatos), uma empresa que com a seguinte proposta: todo par de sapato comprado seria trocado por novos sapatos que seriam entregues às crianças que mais necessitassem. Um por um. Blake retornou no ano seguinte à Argentina com um grupo - sua família, amigos e sua equipe com 10.000 pares de sapatos conseguidos pelos consumidores da TOMS.”

KIVA.org

“A missão da Kiva é conectar pessoa através de empréstimos para redução da pobreza. Kiva permite que os indivíduos emprestem dinheiro a uma pessoa empreendedora que pode estar localizada em qualquer parte do mundo.

A proposta funciona assim: Iniciamente, alguns parceiros da Kiva financiam os empréstimos para pessoas pobres que querem abrir seu próprio negócio ao redor do mundo. Esse empréstimo é repassado para a Kiva, que fica “em aberto” no site, em forma de quotas. Nós (usuários) podemos entrar no site e escolher a quantia que gostaríamos de emprestar e para quem (podemos ler sobre a história das pessoas e ver com quem mais nos identificamos). O usuário será reembolsado depois que o empreendedor estiver tendo sucesso em seu negócio (6-12 meses aproximadamente).

Desde de novembro de 2009, Kiva facilitou mais de USD100 milhões em empréstimos.”

Pendo Luisi, 27 years old, borrowed $175 to open a cafe in Dar es Salaam, Tanzania.

Não é ótimo?!

Me faz sentir que o mundo pode ser melhor…

P.S.: Contagem regressiva… Washington D.C. aí vou eu!!!

Uma vez assisti “Na riqueza e na pobreza”, um filme onde um casal de Nova York está endividado e decide fugir para uma fazenda na região da Pensilvânia. O filme é bem engraçado e mostra fazendeiros da religião Amish em contraste com os costumes dos milionários da cidade grande.

O que eu nunca poderia imaginar é que eu teria a oportunidade de ver “alguns Amish” aqui. Tudo bem que foi por alguns segundos, na estrada, mas foi bem interessante.

Eu estava indo para Wooster, uma cidade há 2 horas daqui de Marietta, para um retiro do grupo cristão que eu estou frequentando. De repente na estrada [uma estrada bem estranha por sinal, que passa praticamente dentro da cidade] vimos várias carroças com homens barbudos e mulheres com roupas estranhas.

Eu nunca poderia imaginar que aqui nos Estados Unidos, num país com toda essa tecnologia e avanço, poderíamos encontrar um grupo que se comporta de maneira totalmente oposta a isso.

“Amish é um grupo religioso cristão anabatista baseado nos Estados Unidos e Canadá. São conhecidos por seus costumes conservadores, como o uso restrito de equipamentos eletrônicos, inclusive telefones e automóveis.

Estimativas do início da década de 2000 apontavam a existência de 198 mil membros da comunidade amish no mundo, sendo 47 mil apenas na Pensilvânia. Esses grupos são compostos por descendentes de algumas centenas de alemães e suíços que migraram para os Estados Unidos e o Canadá.

Os amish preferem viver afastados do restante da sociedade. Eles não prestam serviços militares, não pagam a Segurança Social e não aceitam qualquer forma de assistência do governo. Muitos evitam até mesmo fazer seguro de vida.” (Wikipedia)

Interessante, não?!

Outono. Mutante.

Saudade. Constante.

Outono. Sozinho.

Doce. Caminho.

Outono. Brisa. Fascina. 

Outono. Criança. Encanta.

Outono.

Suave. Outono.

Suave. Tom. Amarelo.

Saiu no New York Times de hoje:

“Dilma Rousseff - Da cadeia e tortura para o serviço público!

A mulher que quase certamente será eleita como presidente do Brasil, suavemente descarta a necessidade de grandes cortes no orçamento e futuras mudanças nas leis trabalhistas, que estão entre as mais restritivas do mundo.”

É, acredito que o mundo todo está ficando preocupado com a possibilidade da ex-ministra afundar o Brasil!

Será o fim dos avanços econômicos do país? Será que o BRIC vai virar RIC depois que a infeliz for eleita?! Será que entraremos numa ditadura?

Eu sinceramente espero ver um NÃO para todas essas respostas.

O que nos resta é torcer por isso, porque parece que ela vai ganhar mesmo :/

Mudando de assunto, estou feliz porque tive minha primeira prova, recebi alguns trabalhos e o saldo está positivo!

Tirei 9.0, 9.4 e 8.8. A nerd aqui está orgulhosa! Também… a nerd aqui está suando a camisa! 

Hoje tivemos um evento bem interessante aqui: Pizza e Política!

Conversar de política pode parecer chato, mas quando tem comida de graça e a presença está valendo um pontinho na média todo mundo aparece, hehe!

Falando sério… essa é uma das coisas mais legais daqui. Quase toda semana temos dois ou três eventos no campus envolvendo discussões com os alunos, palestrantes, professores e outros convidados. O que não falta é opção para participar e interagir. Nessa quinta talvez eu vá na mesa de espanhol para praticar o idioma.

Enfim, voltando às pizzas… ops! Voltando à política, hehe… sempre que acontece um evento importante aqui nos Estados Unidos eles reúnem o pessoal para discutir.

Dia 17 os norte-americanos comemoram o Dia da Constituição… é como a nossa… estipula os poderes do governo, os direitos dos cidadãos, etc.

O tema de hoje era os direitos estipulados na Constituição e os muçulmanos que vivem nos Estados Unidos.

Discutimos (juntamente com alguns professores que falaram sobre o assunto e com um muçulmano convidado) a questão da Islamofobia nos Estados Unidos. Além disso, falamos sobre a polêmica da queima do Alcorão pelo pastor na Flórida e sobre o  projeto Park 51, que se trata da construção de uma mesquita em NY, próximo ao local do atentado de 11 de setembro.

Foi bemmm interessante!

Eu estava devendo uma foto das minhas novas companheiras de quarto. Aí está: eu, Alyssa e Summer. Muito queridas :-)

Só pra tentar explicar o primeiro quilo que ganhei!

Como resistir às waffles, panquecas e aos bagels?! A propósito, o café da manhã é minha refeição favorita aqui.

Prometo que vou tentar [com todas minhas forças] parar nesse 1 quilo!

  Para as pessoas de Marietta e da região o Sternwheel Festival [não encontrei uma tradução apropriada, mas quer dizer algo sobre barcos] é tão importante quanto o feriado do Dia do Trabalho ou o Natal.

É um final de semana cheio de eventos no rio Ohio que tem como atração principal a queima de fogos, que foi ontem.

Eu fui até lá de manhã para testar minha super-câmera-nova [É, comprei finalmente a minha Nikon D90! Le, agora você vai ter que me ensinar algumas técnicas!] e já estava a maior “farofa”. Cheio de barcos, cadeiras, cobertores na grama. Todos preparados e reservando seus lugares para a noite.

Tinha um monte de barraquinha tipo Festa do Peão. Mas, é claro que as comidas eram típicas – tinha cebola tipo do Outback, batata-frita, hambúrguer, pizza, limonada, café, smooth drink [que são bebidas geladas tipo  frozen de tudo quanto é sabor].

Eu e a Camila concluímos depois de ontem que sempre que decidimos sair juntas algo bizarro acontece. A “fim do mundo aqui” decidiu ir mais cedo [um homem tinha me aconselhado de manhã a chegar cedo pra conseguir bons lugares], porém, foi cedo demais porque começou a chover. Estávamos sem guarda-chuva e a Camila tinha que proteger a cadeira dela de algum jeito.

Entramos de gaiato embaixo de uma barraca e quando uma olhou pra outra foi só risada. Tipo.. “a gente só se mete em programa de índio aqui né?!”.

Foi bem engraçado e valeu a pena porque depois a chuva parou e os fogos foram de tirar o fôlego! 

Meus queridos,

Agradeço por todos os recados, pelas vozes que ouvi no telefone, pelas palavras de carinho.

Tudo isso me dá muito força aqui e posso entender [só agora!] o quanto é difícil estar longe de casa.

Em especial para aqueles que moram longe - Lê, Fá, Cacá, Lu, tia Estela (agora não tão longe né, mas sei que você sofre também), tia Socorro, tia Salete, tia Eva - só agora sei como vocês se sentem cada vez que vão se despedir da gente lá em Limeira na hora de ir embora.

Mas, ao mesmo tempo, eu percebi que estar longe fisicamente não significa que estar longe espiritualmente.

Esse talvez também seja um dos milagres da família Medeiros, que faz a união ser celebrada a quilômetros de distância.

Essa semana pude sentir todos vocês aqui comigo.

Muito obrigada!

P.S.1: Rô, fiquei muito orgulhosa de você. Você foi muito forte me ligando pra dar a notícia e cuidando da mãe aí. Queria muito estar aí pra sentir seu abraço!

P.S.2: Lemão, pode se sentir incluído no agradecimento, pois eu já te considero oficialmente parte da família. Amo vc :-)

P.S.3: Aos meus visitantes ilustres que não fazem parte da família, mas fazem parte da minha vida, obrigada também! Vocês também têm papel fundamental em cada momento aqui.

Ela apareceu ontem e ficou presa na parte de cima da janela do meu quarto.

Hoje de manhã já tinha feito um grande progresso e estava ali, na beirada, pronta pra se libertar de novo, pronta para um recomeço.

“A borboleta é considerada um símbolo de ligeireza e de inconstância, de transformação.
A psicanálise moderna vê na borboleta um símbolo de renascimento.
Os astecas consideram a borboleta como um símbolo da alma. Os balubas no Zaire central também simbolizam a borboleta como a alma, dizendo que o homem segue o ciclo da borboleta desde sua nascença até sua morte.
Os iranianos acreditam que os defuntos podem aparecer sobre a forma de uma mariposa.” (Fonte: dicionariodesimbolos.com.br)

Não estou querendo dizer que meu avô estava ali, entende?

Existe uma linha tênue entre a realidade e a fantasia que muitas vezes devemos ultrapassar para deixar a vida mais emocionante… e quem pode me impedir de imaginar e desejar?

P.S.: Aquilo do lado é um pouquinho de granola. Ela estava com a asa meio machucada e eu queria que ela ficasse mais forte. Me perdoem! Não tenho a mínima ideia do que borboletas gostam de comer!

“Cultive a alegria em dose máxima.

Alegria, porém, não é barulho: é um estado de alma de quem sente em si a plenitude da vida.

A alegria provém de dentro de nós mesmos, da consciência tranquila, do cumprimento exato de nossos deveres, e vibra em nós apesar de todos os sofrimentos, calúnias e injustiças.

Seja alegre sempre e, quando a tristeza quiser encobrir o sol de sua vida, entoe um cântico de louvor ao Pai, e a luz brilhará novamente em você.”

Vô,

Essa foi a página que eu encontrei quando abri meu livrinho Minutos de Sabedoria naquela hora em que o desespero estava tomando conta de mim. Como não estar aí perto pra me despedir e pra olhar pro seu rosto uma última vez?

A mensagem me mostrou que eu precisava manter a calma e só lembrar da alegria que o senhor, como ninguém,  sempre mostrou ser o melhor caminho. O senhor cumpriu seus deveres aqui e com certeza já está num lugar maravilhoso olhando e zelando por nós.

Obrigada pela presença,

pelo amor, pelo carinho,

Obrigada pelos abraços, pelos afagos.

Obrigada pela família que você me deu e por tudo que nos ensinou.

Obrigada pelo sorriso constante que vai continuar iluminando cada um que te ama, onde quer que estejamos.

Saudades,

sua neta.

Essa semana completo meu primeiro mês aqui e é incrível como me dei conta e tomei consciência de várias coisas da minha vida. Isso é muito bom, pois um dos meus objetivos nessa experiência é me redescobrir, me reavaliar e assim me revelar novamente para o mundo.

Eu torço pra não ter tantos momentos de solidão, mas eles existem e são inevitáveis. A saudade toma conta de mim descontroladamente e as emoções vêm à tona. Mas, são essas emoções que permitem esse auto-crescimento.

Percebi que estar em outro país não é nada glamuroso. Algumas pessoas se adaptam mais facilmente que outras, mas pra mim, significa “passar apertado”, porque temos que enfrentar mais desafios sem a presença de quem amamos por perto. E assim, descobri que pra mim, são essas pessoas que dão o verdadeiro significado e sentido na minha vida e que a importância delas é indescritível.

Descobri que eu não preciso agradar ninguém. Eu posso me vestir como quiser, cortar o cabelo como quiser, fazer o que quiser e essas pessoas, as que gostam de mim de verdade, vão me aceitar como eu sou e me apoiar sempre. É preciso ser autêntico e mostrar para o mundo o que temos a oferecer na nossa singularidade.

Me dei conta que sou viciada em receber emails e que adoro uma tecnologia. Não sei o que seria sem essa webcam!

Com a ajuda do meu super Ipad sintonizado no canal de música clássica percebi o quanto gosto do som do piano e que deveria ter continuado as minhas aulas com a Dona Geisa. Daí pensei: “Por que não continuei?” Não continuei porque não tinha tempo de me dedicar, porque minha vida é muito corrida. Corrida? Não deveria ser corrida ao ponto de me impedir de me dedicar às atividades que me dão prazer.

Eu quero as coisas simples que a vida tem a oferecer. Um bom emprego, mas que não me desgaste demais, reuniões em família, minha própria família, meu apartamentinho pronto, jantar com amigos. Quero música, quero literatura. Quero poder sair, viajar, conhecer novos lugares, novas culturas, novas comidas. Quero registrar e fotografar tudo. Ah, fotografia! Outra coisa que me faz um bem danado e que vou querer aprender mais!

Quero viver e sentir amor, felicidade, paz em meu espírito. Quero me sentir completa, quero me sentir simplesmente.

Ah, posso afirmar com certeza que só por essas minhas conclusões tudo já está valendo a pena e que é só ter paciência, pois logo vou estar de volta e poder desfrutar de tudo isso que aprendi e “me jogar” aí, com vocês.

Uma das coisas que eu sempre via em filmes e estava muito curiosa pra conhecer eram os clubes e as organizações, tão famosos nas escolas norte-americanas.

Na sexta passada o campus estava agitado, pois era o dia da apresentação desses grupos aos calouros. Tinha comida, suco e muito barulho e todos queriam mostrar o que tinham de melhor na tentativa de atrair possíveis filiados.

Encontrei de tudo um pouco – organização dos atletas, clube de matemática, coral, clube de animação japonês, clube de boliche, time de dança, clube de psicologia, associação de proteção aos animais, etc.

É claro que também encontrei o pessoal das “fraternities” and “sororities”, as fraternidades e irmandades gregas que existem dentro e fora do campus. Na hora não teve como… lembrei do filme Legalmente Loira e das amigas patricinhas da atriz principal que faziam parte desse tipo de irmandade. Na verdade a coisa é bem mais interessante do que parece. Esses grupos são super tradicionais e antigos e são comuns nos Estados Unidos e em alguns países da Europa.

Aqui no colégio são seis grupos de garotos e garotas que se ajudam e possuem como objetivos - um maior engajamento na sociedade, o desenvolvimento da liderança e a excelência acadêmica.  Existem seis casas fora do campus onde eles moram que são identificadas por letras gregas.

Fraternidades - Alpha Tau Omega (ATΩ), Delta Tau Delta (ΔTΩ) e Lambda Chi Alpha (ΛΧΑ)

Irmandades - Alpha Xi Delta (ΑΞ Δ), Chi Omega (ΧΩ) e Sigma Kappa (ΣΚ)

Se vocês estão pensando em eu me tornei uma “Alpha” ou “Kappa” se enganaram. Ainda não foi dessa vez. Mas, reconheço que meu pré-conceito foi quebrado - esses grupos não são compostos de loiras lindas burras e saradões sem cérebro e têm conteúdo sim.

Eu entrei no grupo InterVarsity Christian Fellowship - Amigos cristãos universitários. Depois de conversar bastante com o pessoal pensei que isso ia me fazer bem e me convenci. O objetivo desse grupo é construir amizades entre os alunos e ajudá-los a se integrarem ao campus com uma postura ética e aberta às diversidades. Para isso são feitas reuniões em grupo, estudos da Bíblia e outros eventos sociais [como um churrasco que tivemos no final de semana!]. Não importa a religião, basta ser seguidor de Jesus Cristo.

Ontem fui na primeira reunião e me senti muito bem. Falamos um pouco de nós mesmos e pude conhecer as outras pessoas que fazem parte do grupo há mais tempo. Me senti acolhida e senti que se precisar de alguma coisa aquelas pessoas [talvez até por questões éticas, já que estão num grupo que prega o amor ao próximo… bom não importa!] vão estar ali para me ouvir e me ajudar. Quanto mais pessoas amigas, melhor! E já era hora de sair totalmente do casulo, hehe!

Ganhamos um chaveiro que serve como nossa identificação.

As iniciais em grego correspondem a IXΘΥΣ, que são as iniciais de “Jesus Cristo, Deus Filho Salvador” e também formam a palavra peixe em grego. Por isso, o peixe foi escolhido pelos primeiros cristãos como sua marca. Era uma forma de se mascarar e evitar de ser perseguido e/ou morto.

Tá vendo?! Aqui além de saudade também tem cultura! Hehe!

Mais um final de semana se foi e eu estou me preparando para minha terceira semana aqui.

Fiz mais algumas amizades no “churrasco” de sexta à tarde [as aspas são para expressar minha indignação, pois o que temos aqui não é churrasco de verdade!], fui no cinema com a Camila no sábado e  assisti Homem de Ferro II na sessão “Outdoor Movie” aqui no colégio. Foi bem legal, pois eles colocaram um telão no gramado e o pessoal chegava super preparado para a sessão carregando cadeiras de praia, cobertores e travesseiros… uma das coisas bem típicas daqui.

A ida no cinema a tarde foi uma aventura. Rendeu boas risadas quando imaginávamos o que as pessoas estavam pensando da gente – quem são essas duas loucas atravessando essas avenidas perigosas? Uma numa cadeira chiquésima motorizada, mas às vezes desgovernada (haha!) e a outra atrás, cheia de sacola tentando guiar a amiga e evitar os solavancos e um possível capote! Foi hilário!

O esforço valeu muito a pena. Assistimos Eat Pray Love (do livro Comer Rezar Amar, de Elizabeth Gilbert) com a Julia Roberts. Foi o máximo ouvir Tom Jobim de trilha sonora e ter um personagem brasileiro no filme. A coisa ruim foi lembrar de você (amor!) em todos os momentos!!!

Nota:

O verão aqui é super valorizado. As pessoas aproveitam o final de semana para fazer churrascos, piqueniques, praticar esportes, se divertir. Acho que eles ficam felizes de poder ficar com menos roupa e usar chinelo.

Nessa semana eu estava voltando para o meu dormitório e vi duas meninas sentada sob uma árvore estudando. E não é que eu fiquei com vontade daquilo?! Acho que estou é com medo do frio e quero curtir bastante o calor do sol ao ar livre.

**Beijo especial pra Pri! Parabéns minha querida por mais essa etapa cumprida. Você sabe que eu gostaria muito de ter compartilhado esse momento com você… Felicidades! Tenho absoluta certeza que você vai mergulhar de cabeça nesse novo desafio e será uma brilhante profissional.