NY – Dia 1

quarta-feira, 3 de novembro de 2010 16:45 Postado por *Renata Gianotto

Na quinta-feira acordei prontíssima para começar a aventura.

A Carol mora em Mamaroneck, uma cidadezinha próxima de NY. Como ela tinha que trabalhar, ela me levou até a estação onde eu peguei o trem para a “city” (como eles chamam a cidade propriamente dita!).

Depois de 30 minutos cheguei na Grand Central Station, com meu mapa e minhas orientações na mão. Acho que de tanta emoção, me deu vontade de fazer xixi. No caminho do banheiro, encontrei a Magnólia Bakery, tão famosa pelos seus cupcakes. Eu passei lá os outros 3 dias e posso afirmar – com toda certeza – que foram os melhores que eu já comi aqui.

Quando saí na rua percebi que estava mesmo em NY. Aqueles prédios gigantescos, muita gente, muito barulho. Mas, ver tudo aquilo ao vivo foi o máximo!

Demorei um pouco pra me localizar, pedi ajuda para algumas pessoas e fui em direção a Quinta Avenida, a rua cheia de lojas de grife.

Passei pelo Rockefeller Center e tirei foto na pista de patinação do gelo (seria incrível se a árvore de Natal já estivesse montada), entrei na Catedral St. Patrick e fiz uma oração para agradecer por aquele momento e depois comecei a me sentir chique – vi a Trump Tower (o prédio luxuoso contruído por Donald Trump), a Coca-Cola, Dior, Chanel, Gucci, Armani, etc! Vi a loja da Apple que parece mais um ponto turístico de tão incrível que é… entrei na Fao Schwarz, a gigantesca loja de brinquedos e voltei a ser criança.

Visitei o Lincoln Center, o centro de Artes de NY. Lá fica o ballet, a ópera, a Filarmônica e a Escola Juilliard de música. Muitas opções! Infelizmente vão ficar para uma próxima vez. Quase consigo assistir o ballet Quebra-Nozes, mas só vai começar em novembro.

Me apressei porque tinha que ir para a Times Square, que fica do lado oposto da cidade. No caminho eu passei do lado do Central Park. Eu tinha programado um dia só para ficar lá, mas não resisti e comecei a tirar algumas fotos das carruagens e das árvores, que estavam lindas por causa do outono.

Depois de praticamente (re)atravessar Manhattan, percebi as luzes da Times Square. Aquele lugar é sensacional! Luzes, telões, lojas, restaurantes, cores, barulho. É o caos, mas um caos admirável. Coisas que eu via em filme, eu estava lá, vendo ao vivo e isso foi o máximo.

Eu entrei em várias lojas [meus olhos brilharam várias vezes querendo comprar tudo que eles viam], andei mais um pouquinho e resolvi sentar pra descansar e admirar aquela multidão.

Sentei numa escada vermelha onde tinha bastante gente. Ah, a sensação de estar lá era ótima. Peguei o telefone e liguei pra casa pra compartilhar o que estava sentindo.

- Oi mãe, você não sabe onde eu estou agora. – eu disse pelo Nextel

- É, querida? Onde?

- Sentada numa escada no meio da Times Square. Pede pro Rô digitar no Google pra você ver como é aqui.

- Ah, vou pedir.

5 minutos depois ela me liga de volta:

- Rê, você não vai acreditar. O Rô achou um site aqui que mostra a Times Square numa câmera ao vivo.

- Ai mãe, mas será que é ao vivo mesmo?

- Onde você está? A câmera fica se mexendo, mostrando várias partes da rua.

- Estou sentada numa escada vermelha. Tem um monte de gente sentada aqui também.

- Tá bom. Se mostrar a escada eu te ligo de novo.

10 minutos depois, o telefone toca de novo:

- Rê, a gente está vendo a escada!!!

- Tá. Eu vou levantar e dar tchau pra ver se é ao vivo e se você consegue me ver.

Eu levantei e comecei a dar tchau para o nada [foi engraçado!].

20 segundos depois:

- Rêeeeeee!!! A gente tá te vendo!!! Você está com uma bluza cinza e com a câmera pendurada no pescoço?

- Sim mãe!!! - E continuei em pé dando tchau, nem acreditando que eles estavam me vendo lá e que aquilo era possível.

Foi incrível! Acho que eles podem dizer mais do que eu, porque eles que me viram pelo computador ao vivo, hehe.

Resolvi que estava na hora de jantar. Comi um lanche no Mc Donalds [pra variar um pouco!] e fui para o teatro. Lá eu aprendi a primeira vantagem de viajar sozinha. Na hora de comprar o ingresso eu apelei para o vendedor pedindo que por favor, ele me desse um ótimo lugar (apesar de eu não ter dinheiro suficiente para pagar pelo melhor lugar, hehe!) já que estava sozinha, blá blá blá. E não é que funcionou? Ele me deu os ingressos da Orquestra, na terceira fileira depois do palco (que pasmem, custavam USD200) por USD90,00, o preço que eu ia pagar pelo Mezanino!

Isso só colaborou pra eu ficar ainda mais emocionada né… assim que a peça começou, que eu ouvi aquela música do Rei Leão e vi todos os animais em direção ao palco [é tudo incrível… as fantasias, as maquiagens e os movimentos!], comecei a chorar. Foi um mix de emoção… lembrei minha infância, senti saudade e vontade de não estar lá sozinha, felicidade, realização. A família que estava do meu lado que não achou muito normal e me perguntaram se eu estava bem, hahaha!

Brasileira mantega-derretida… essa sou eu!

4 Response to "NY – Dia 1"

  1. Anônimo Says:

    Ai...quanta coisa linda; me deliciei só de ver as fotos.
    Estou ansiosa para ler e ver o resto. bj. Mami

  2. Anônimo Says:

    Re, que impressionante as fantasias da peça "Rei Leão"; simplesmente maravilhosas; Tenho certeza que se estivesse lá, sozinha ou acompanhada, também iria chorar.
    Com relação à "escada vermelha", até agora, fica difícil acreditar o que aconteceu; mas o seu tio Beto disse que aconteceu fato parecido, com ele e uma câmera no Guarujá; se aqui é possível, imagine em NY (rs...). Vendo você em tempo real, foi fantástico e emocionante...chorei quando vi que era você mesma que estava lá sentada, dando tchau pra gente, naquele exato momento e assistida por nós, eu, o Gilson e Rô. Foi indescritível; enquanto o Ro falava com você no nextel, eu fiquei pulando e gritando (imagine a cena!), na frente do computador, como se você estivesse me ouvindo (parecia uma louca desvairada!!); de tanto gritar comecei a tossir e chorar ao mesmo tempo (rs..) Depois, nós três acabamos rindo muito da nossa situação defronte ao computador dando tchau e chamando-a pelo nome; e também da sua situação, fazendo tchau "para ninguém" e os outros que estavam ao seu lado, assistindo sem saberem o que estava acontecendo(só nós mesmo né?). Re, tem fotos suas; você abordava as pessoas e pedia para "baterem" as fotos?? bj. Mami

  3. Renata Says:

    Oi mae,
    Eh claro que eu abordava as pessoas, haha! Abordava as com cara de boazinhas e as que estavam com camera na mao. Primeiro eu oferecia pra tirar uma foto deles (geralmente era um casal) e depois pedia pra eles tirarem a foto pra mim, haha :D

    Imagino mesmo que vc deve ter surtado na frente do computador! Foi o maximo mesmo... eh uma das melhores historias de NY, haha!

  4. Flávia Says:

    A-m-e-i !

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