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A mala já está cheia de presentes… o dinheiro está acabando… a ansiedade aumentando!

15 diassssss… Brasil, estou voltando!

Thanksgiving day!

O Thanksgiving, também conhecido como Dia de Ação de Graças, é um feriado muito famoso aqui nos Estados Unidos. É um dia de gratidão a Deus pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano. As pessoas se reúnem com suas famílias para jantar e celebrar.

O primeiro dia de Ação de Graças foi celebrado pelos colonos ingleses que viviam em Massachusetts em 1621. Após alguns anos de péssimas colheitas e um inverno muito rigoroso, os colonos tiveram uma boa colheita de milho no final do verão desse ano.

“Por ordem do governador da vila, em homenagem ao progresso desta em relação a anos anteriores, uma festividade foi marcada no início do outono de 1621. Os homens mataram patos e perus. Cerca de noventa índios também participaram da festividade. Todos comeram ao ar livre em grandes mesas.”

Fiquei super feliz porque pude comemorar o feriado num estilo típico norte-americano. Fui jantar na casa do professor Gama Perucci. Ele é brasileiro, mas mora aqui há mais de 30 anos.

Eu pude conhecer sua família – esposa, 3 filhos e sogra – e vivenciar a experiência.

Comemos tudo que é comum no Thanksgiving – o famoso peru, cranberry sauce (cranberry é uma frutinha vermelha meio azeda), herb stuffing (uma mistura com croutons, cebola e outros vegetais) green beans casserole (tipo uma farofa feita com vagens), purê de batata-doce, bread rolls (é um tipo de pão caseiro), torta de abóbora e torta de nozes.

E eu ainda trouxe um prato pra casa pra comer no dia seguinte… hehe!

 

 

Show de Talentos e Harry Potter!

Ufa! Faz um tempão que não escrevo aqui. Estava esperando um momento mais especial, hehe!

Agora minha contagem regressiva já está ficando mais apertada. Agora que falta tão pouco (um pouco mais que 20 dias!!!) o tempo está passando devagar :(

Ontem a minha noite foi bem especial… estava esperando já fazia um tempão para a estreia do Harry Potter (Último filme – Harry Potter e as Relíquias da Morte - parte I) e finalmente o grande dia chegou.

Antes disso, o pessoal do meu dormitório organizou um Show de Talentos. Eu não tinha nenhum talento pra apresentar, mas as meninas me pediram pra abrir o show contando um conto de fadas em português. Eu não entendi muito bem qual ia ser a graça, porque ninguém ia entender, mas resolvi aceitar o convite mesmo assim.

Eu li Cinderela e para o pessoal não ficar tão perdido, preparei uma trilha sonora que dava pra saber direitinho em que momento da história eu estava.

Foi mais legal do que eu imaginava. O pessoal pelo menos ficou quieto e prestando bastante atenção. Não sei se eles estavam pensando “Ai, que chatice!”, mas o importante é que eu recebi aplausos no final, haha!

Logo depois fui me preparar para o filme. Eu ia com alguns amigos na sessão da meia-noite e estava difícil conter meu entusiasmo, haha! Todo mundo ia fantasiado!

Pois é… fantasiado! Pode colocar mais um item na minha listinha das coisas positivas da “América” – se você é muito fã de alguma coisa, você pode demonstrar seu fanatismo do jeito que você quiser e ninguém fica te olhando como se você fosse anormal, hehe. Ontem eu voltei a ser criança e me realizei quando me “tornei” o Harry Potter.

Roupão e cachecol da Grifinória, óculos, cicatriz e a varinha! Perfeito!

Mais perfeito foi chegar no cinema e ver quase 80% do pessoal fantasiado e fanático também. Ainda mais e mais perfeito foi o filme. Na minha opinião, o melhor da série até agora – super fiel ao livro, atuações impressionantes, produção sensacional! Não vejo a hora de ver de novo :)

Pra quem ainda não viu… aí vai um gostinho :)

[30 dias]

Faltam 30 dias oficialmente.. eba!!!

Ando meio sem tempo… provas, pra variar! Queria só aproveitar pra deixar um beijo madrinha! Feliz aniversário (atrasado, hehe!). Amo você!

Fashion show!

domingo, 7 de novembro de 2010 21:36 Postado por *Renata Gianotto 0 comentários

Aqui na faculdade o desfile de outono é tradição. Cerca de 40 modelos – estudantes e outras pessoas que ajudam na organização – desfilam em diferentes cenas para arrecadas dinheiro que é doado para caridade.

Os responsáveis pelo evento são os membros da Organização Charles Sumner Harrison. Eles também são os responsáveis pela inclusão e relacionamento não só dentro, mas fora do campus. Eles promovem diferentes eventos culturais com o objetivo de fortalecer a unidade dentro do campus.

Foi muito divertido! Infelizmente só participei do desfile “international”. É óbvio que representei o Brasil, mas tínhamos modelos vestidos de Espanha, Itália, Inglaterra, Coreia, China, Egito, Israel, Jamaica, Colômbia e África do Sul.

O frio aqui está aumentando… –1ºC!

E a saudade também… 35 dias!

NY – Dia 3 e 4

O minha tarde de sábado ia ser dedicada ao Central Park. De manhã eu passei por uma avenida onde estava tendo uma feira. Vendia de tudo e os donos das barracas, só pra variar, eram chineses (é claro!). Comprei cachecol por USD5,00 – o que foi ótimo porque aquela hora o ar estava congelante.

Visitei o Natural History Museum, famoso pelo filme “Uma noite no museu”. É um lugar gigantesco, impossível ver tudo em um dia, muito menos em 3 horas da minha manhã. Eu visitei a parte da biodiversidade que mostra as florestas do mundo inteiro, a parte das pedras preciosas e minerais (que tem o maior meteorito já encontrado), fui na parte da Antártida e numa apresentação sobre as estrelas e o espaço. Foi interessante, mas não foi legal ter que ver tudo correndo.

Depois do almoço fui para o Central Park. Eu tinha o mapa comigo pra não me perder e conseguir ver pelo menos as 5 atrações mais famosas. O parque tem 843 acres (quase 3,5 Km²)… uma missão cruel para quem quer ver tudo a pé em uma tarde.

Sem palavras! Uma das melhores coisas que eu vi por lá. NY, com todos aqueles arranha céus, precisa mesmo de um lugar como aquele.

Muita gente correndo, fazendo exercício, andando de bicicleta. Muita família, muitos amigos, muitos casais. Muita atividade… jogos, eventos de Halloween, shows. Tudo ao mesmo tempo.

Eu passei pelos principais lugares, mas não vi nem metade do que o parque tem a oferecer. A primeira parada foi o Great Lawn, um gramado enorme com campos de baseball e vários espaços para praticar esportes. É lá que tem vários concertos de graça no verão da Filarmônica de NY e da Metropolitan Opera.

Depois vi o Belvedere Castle e o The Shakespeare Garden. Parei e tirei fotos na irresistível Bow Bridge, que passa pelo lago. Aquela região é chamada “The Ramble” e é onde tem a Loeb Boathouse (onde um monte de filme norte-americano é filmado) e a Bethesda Fountain.

No final da tarde cheguei no Sheep Meadow, mais um gramado ótimo pra descansar ou fazer um piquenique.

Já tenho anotado todos os lugares que quero ver de novo (numa futura volta à NY) e os lugares que tenho que passar da próxima vez.

O último dia foi bem corrido, mas estava reservado para a Estátua da Liberdade. Tive sorte e consegui aproveitar bem o tempo lá. Peguei a barca errada e fui parar numa outra ilha, mas tudo bem. Estava um pouco cansada, então dei um desconto pra mim mesma.

A Estátua é um ícone, então estava na minha lista. Consegui tirar boas fotos de Manhattan, mas a estátua propriamente dita não teve tanta graça assim. Ela não é tão alta e é um pouco sem graça. Fiquei pensando se quando eu for para o Rio de Janeiro e ver o Cristo Redentor pela primeira vez vou sentir o mesmo. Com certeza não… afinal, os conceitos são bem diferentes.

NY – Dia 2

16:59 Postado por *Renata Gianotto 0 comentários

No sexta-feira a minha primeira parada era o Empire State Building, que fica um pouco “fora de mão”. Tem 102 andares e depois da destruição das Torres Gêmeas, recebeu novamente o título de maior edifício de NY. Eu resolvi não subir até o topo porque além de ser mais caro, o pessoal tinha me recomendado ir no Rockefeller.

Voltei na Times Square para ver o resto das ruas durante o dia. Comprei uma mochila – que foi super útil porque no dia anterior fiquei com dor nas costas de carregar as coisas de um lado só do ombro –, fui na loja da M&M´s, da Hersheys, passei pelo Hard Rock, pelo Planet Hollywood, pela loja da Harley (tirei foto pro Thomas ver! haha!). No final, parei pra admirar (mais uma vez, sem me cansar!) a agitação.

Encontrei um restaurante brasileiro e não resisti. Não foi um almoço tão perfeito quanto o jantar com a feijoada em Washington, mas valeu a pena. Comi polenta com carne moída e estava uma delícia! Ainda assisti “Sinhá Moça” que estava passando na televisão, haha!

No caminho passei comprar minha fantasia de Harry Potter (pra quem não sabe, vou assistir o filme aqui com um grupo de amigos e vamos todos fantasiados!), encontrei as blusinhas verde e amarela que eu precisava para o desfile (pra quem também não sabe, vou participar de um desfile aqui na faculdade representando o Brasil!) e fui comprar o ticket para o Top of the Rock (a ida ao topo do Rockefeller Center).

Eram umas cinco horas e as fotos de lá de cima saíram incríveis. O sol já estava indo embora, mas eu pude ver a cidade num panorama de 360 graus. Valeu muito a pena.

Eu tinha combinado de encontrar a Stephanie no final da tarde. Ela é uma americana que eu conheci nas primeiras semanas aqui em Marietta, mas que já terminou a faculdade e agora trabalha e mora em NY com o namorado.

Nos encontramos na Starbukcs (em uma das centenas que tem em NY!) e tomamos um café juntas enquanto conversávamos.

Estava um vento tão gelado quando saímos de lá que só o que eu queria era voltar pra casa da Carol. Estava guardando as energias para explorar o Central Park no dia seguinte.

NY – Dia 1

Na quinta-feira acordei prontíssima para começar a aventura.

A Carol mora em Mamaroneck, uma cidadezinha próxima de NY. Como ela tinha que trabalhar, ela me levou até a estação onde eu peguei o trem para a “city” (como eles chamam a cidade propriamente dita!).

Depois de 30 minutos cheguei na Grand Central Station, com meu mapa e minhas orientações na mão. Acho que de tanta emoção, me deu vontade de fazer xixi. No caminho do banheiro, encontrei a Magnólia Bakery, tão famosa pelos seus cupcakes. Eu passei lá os outros 3 dias e posso afirmar – com toda certeza – que foram os melhores que eu já comi aqui.

Quando saí na rua percebi que estava mesmo em NY. Aqueles prédios gigantescos, muita gente, muito barulho. Mas, ver tudo aquilo ao vivo foi o máximo!

Demorei um pouco pra me localizar, pedi ajuda para algumas pessoas e fui em direção a Quinta Avenida, a rua cheia de lojas de grife.

Passei pelo Rockefeller Center e tirei foto na pista de patinação do gelo (seria incrível se a árvore de Natal já estivesse montada), entrei na Catedral St. Patrick e fiz uma oração para agradecer por aquele momento e depois comecei a me sentir chique – vi a Trump Tower (o prédio luxuoso contruído por Donald Trump), a Coca-Cola, Dior, Chanel, Gucci, Armani, etc! Vi a loja da Apple que parece mais um ponto turístico de tão incrível que é… entrei na Fao Schwarz, a gigantesca loja de brinquedos e voltei a ser criança.

Visitei o Lincoln Center, o centro de Artes de NY. Lá fica o ballet, a ópera, a Filarmônica e a Escola Juilliard de música. Muitas opções! Infelizmente vão ficar para uma próxima vez. Quase consigo assistir o ballet Quebra-Nozes, mas só vai começar em novembro.

Me apressei porque tinha que ir para a Times Square, que fica do lado oposto da cidade. No caminho eu passei do lado do Central Park. Eu tinha programado um dia só para ficar lá, mas não resisti e comecei a tirar algumas fotos das carruagens e das árvores, que estavam lindas por causa do outono.

Depois de praticamente (re)atravessar Manhattan, percebi as luzes da Times Square. Aquele lugar é sensacional! Luzes, telões, lojas, restaurantes, cores, barulho. É o caos, mas um caos admirável. Coisas que eu via em filme, eu estava lá, vendo ao vivo e isso foi o máximo.

Eu entrei em várias lojas [meus olhos brilharam várias vezes querendo comprar tudo que eles viam], andei mais um pouquinho e resolvi sentar pra descansar e admirar aquela multidão.

Sentei numa escada vermelha onde tinha bastante gente. Ah, a sensação de estar lá era ótima. Peguei o telefone e liguei pra casa pra compartilhar o que estava sentindo.

- Oi mãe, você não sabe onde eu estou agora. – eu disse pelo Nextel

- É, querida? Onde?

- Sentada numa escada no meio da Times Square. Pede pro Rô digitar no Google pra você ver como é aqui.

- Ah, vou pedir.

5 minutos depois ela me liga de volta:

- Rê, você não vai acreditar. O Rô achou um site aqui que mostra a Times Square numa câmera ao vivo.

- Ai mãe, mas será que é ao vivo mesmo?

- Onde você está? A câmera fica se mexendo, mostrando várias partes da rua.

- Estou sentada numa escada vermelha. Tem um monte de gente sentada aqui também.

- Tá bom. Se mostrar a escada eu te ligo de novo.

10 minutos depois, o telefone toca de novo:

- Rê, a gente está vendo a escada!!!

- Tá. Eu vou levantar e dar tchau pra ver se é ao vivo e se você consegue me ver.

Eu levantei e comecei a dar tchau para o nada [foi engraçado!].

20 segundos depois:

- Rêeeeeee!!! A gente tá te vendo!!! Você está com uma bluza cinza e com a câmera pendurada no pescoço?

- Sim mãe!!! - E continuei em pé dando tchau, nem acreditando que eles estavam me vendo lá e que aquilo era possível.

Foi incrível! Acho que eles podem dizer mais do que eu, porque eles que me viram pelo computador ao vivo, hehe.

Resolvi que estava na hora de jantar. Comi um lanche no Mc Donalds [pra variar um pouco!] e fui para o teatro. Lá eu aprendi a primeira vantagem de viajar sozinha. Na hora de comprar o ingresso eu apelei para o vendedor pedindo que por favor, ele me desse um ótimo lugar (apesar de eu não ter dinheiro suficiente para pagar pelo melhor lugar, hehe!) já que estava sozinha, blá blá blá. E não é que funcionou? Ele me deu os ingressos da Orquestra, na terceira fileira depois do palco (que pasmem, custavam USD200) por USD90,00, o preço que eu ia pagar pelo Mezanino!

Isso só colaborou pra eu ficar ainda mais emocionada né… assim que a peça começou, que eu ouvi aquela música do Rei Leão e vi todos os animais em direção ao palco [é tudo incrível… as fantasias, as maquiagens e os movimentos!], comecei a chorar. Foi um mix de emoção… lembrei minha infância, senti saudade e vontade de não estar lá sozinha, felicidade, realização. A família que estava do meu lado que não achou muito normal e me perguntaram se eu estava bem, hahaha!

Brasileira mantega-derretida… essa sou eu!

[2 de novembro †]

“Alegrai-vos e exultai,
porque será grande a vossa recompensa nos céus.” (Mateus 5, 12a)

Que esse seja nosso consolo no dia de hoje.

Mãe, com o coração apertado, desejo um bom dia pra você.

NY [prévia!]

Sábado de manhã. Sentada na Grand Central Station, comendo meu bagel de café da manhã. Ouvi música clássica tocando no ambiente. Senti uma paz profunda.

Eu comigo mesma. Eu e Deus. Eu, extremamente agradecida por todos os momentos que vivi até ali.

Aquela paz era sinal que meu sonho foi realizado e que meus objetivos ao decidir vir pra cá, foram alcançados. Se a minha experiência aqui acabasse naquela hora, já teria superado as minhas expectativas.

DSC_0892

NY é energia. NY é caos. NY é indescritível. A cidade pulsa diversidade, transpira o novo. A sensação de estar é única.

Aproveitando… vou “emprestar” a ideia do menino que conheci na escada da Times Square (a história dessa escada merece um capítulo especial que virá em breve!). Ele me pediu para escrever essa frase no cartão postal dele em português (já tinha sido escrita em vários outros idiomas!) a fim de celebrar a multiculturalidade daquela cidade: “Nova York é incrível!”

New York is amazing (inglês)

Nueva York es increíble (espanhol)

New York est étonnant (francês)

New York ist erstaunlich (alemão)

纽约是惊人 (chinês)

نيويورك هو مدهش (árabe)

New York è fantastica (italiano)

Нью-Йорк удивительно (russo)

ニューヨークは素晴らしいです (japonês)

CSC_0983

**Fotos:

Vista de parte da cidade do topo do Rockfeller Center (destaque para o Empire State Building); Eu no gramado do Sheep Meadow (Central Park).